A pesquisa titulada como Saúde Mental e Tecnologias: Produções bibliográficas e dispositivos tem como um dos objetivos buscar experiências que utilizam as tecnologias da informação e comunicação como apoio ao tratamento as pessoas em sofrimento psíquico e tem como o intuito a reinserção social e a promoção a saúde.
As tecnologias da informação e comunicação (TIC) vêm trazendo contribuições para a sociedade como um meio de facilidade, acessibilidade e aprendizagem nos mais diversos lugares. A inclusão digital vem contribuindo para o conhecimento, principalmente nas escolas que utilizam como mediação para o ensino. Outra área que está envolvida com as tecnologias é a saúde mental, pois através de estudos realizados foram elencados e observados em artigos, livros e sites experiências que utilizam as TIC como meio de tratamento as pessoas em sofrimento mental, tendo o objetivo de reinseri-las no meio social.
Durante a realização desta, foram elencados projetos brasileiros e internacionais que tem como prática o uso da web rádio, TV e blog como novos meios de tratamento, agindo assim a ideia da reforma psiquiátrica.
Estão eles: a TV Pinel -Rio de Janeiro (http://www.sms.rio.rj.gov.br/hospitais/pinel/media/pinel_tv_pinel.htm), a Rádio Nikosia -Barcelona (http://radionikosia.org/), a Rádio TamTam- Santos (http://www.tamtam.art.br/ong/), a Rádio La Colifata- Buenos Aires (http://lacolifata.openware.biz/index.cgi), Rádio Maluco beleza- Campinas (http://www.candido.org.br/component/option,com_sscf_rmb), Projetos terapêuticos (http://www.projetosterapeuticos.com.br/botao3.php).
Nas palavras de Santos (2003), sobre uma rádio que foi criada para os usuários de um CAPS na cidade de São Paulo, a Rádio CAPS Perdizes:
A rádio era um convite à palavra e ao gesto, uma convocação à lembrança, à vibração da vontade; um momento de história para contar, de pedidos a fazer, de queixas, do prazer da voz ampliada e da volúpia da palavra (p.46)
O trabalho com o computador e seus dispositivos pode ser trabalho com duas funções, as oficinas propiciarem a instrumentalização do computador, favorecendo assim um curso para o mercado de trabalho ou oficinas que protagonizem a busca a saúde, habilitação e reinserção a sociedade fazendo uma distinção de um modelo empregatício. A partir da escolha de como se trabalhar, a equipe começa a desenvolver princípios para o decorrer das atividades, tais princípios que são norteadores para um êxito em um trabalho coletivo.
Feito os estudos bibliográficos pode-se perceber que os projetos estudados trabalham com a ideia de habilitar o usuário, deixar o usuário criar relações dentro e fora do ambiente terapêutico e que através de softwares livres eles têm um acesso, junto com a sua criatividade e o trabalho coletivo desenvolver atividades que tenham as particularidades de cada sujeito. Contudo, a pesquisa proporcionou um estudo bibliográfico sobre a reforma psiquiátrica e um levantamento sobre modelos existentes que utilizam as tecnologias da informação e comunicação como práticas de intervenção na saúde mental, no qual vem nos mostrando pontos positivos para um trabalho interdisciplinar.
Jéssica do Nascimento Carneiro
jessicacarneiroufal@gmail.com
Referencia
SANTOS, Abrahão de oliveira. “Está Vazio”: Desritualização e Dispersão na Oficina de Rádio. Psicologia ciência e profissão, 2013, 21 (3), 44-49. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141498932003000100007&lng=pt&nrm=iso> acesso: em 02 de março de 2012.